Um ano e trinta e quatro dias depois

O que vejo não é, de longe, o que esperava de mim. Tenho, diante dos meus olhos, a decepção do que tinha planeado desde um dia 17 de Dezembro de 2007, um dia escuro que me mostrou uma solução. Foi nesse dia que muita ligação se cortou e muitos fios se reavivaram até soltar algo esperado e assustador, ao mesmo tempo. Não sou obrigada a desejá-lo outra vez, mas a mente obriga-me, ela obriga-me e eu sei que sou capaz de chegar ao mesmo ponto, porque se já lá estive, se já lhe toquei e já a cheirei, ouvi e senti, porque não voltar a fazê-lo e a sentir-me limpa, melhor e superior de novo? Basta um esforço, umas horas, menos subsistência da minha parte. Eu sei que o meu corpo aguenta não ser corroído por algo avassalador, algo que apenas me traz mau ambiente íntimo, que alimenta uma mancha dentro e fora de mim. Pode até dar-me robustez ou passar-me vida, mas traz-me o que menos quero, aquilo de que tenho pavor e que tantas vezes desonrei. Não me guardo porque não me dou autoridade para isso, mas às vezes gostava de poder ter um cotovelo onde me camuflar por completo sem ser rotulada. Tudo vai voltar a anotações, comentários, ao caderno corado e às tentativas frustradas. Eu sei conquistar, fica a promessa num dia 20 de Janeiro 2009, mais de um ano depois.

2 comentários:

  1. Nada é impossivel, e com força de vontade tudo se vai conseguindo, mesmo que por vezes seja devagar. Porem, acredito que um dia se chega ao pretendido. Força :)

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  2. Fiquei maravilhada com as bandas que gostas, já que sou mais do uma fanática por nirvana, uma fã de radiohead e de sigur rós e o resto vai-se ouvindo, exceptuando David Fonseca. Quanto às outras nao conheço mas vou averiguar. Ben harper ouve-se...
    Somos, de facto, os melhores antidepressivos que podem existir. Apenas depende de nós, é como se tivessemos um sistema imunitário emocional.
    E agora finalizo com uma citação do Deus:
    "The sun is gone but I have the light"

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