Jogam aos pares, acarinham-se umas às outras e jogam da mesma maneira, sempre de mãos dadas e sorrisos deixados. O caminho delas, por muito simples que pareça, é longo, muito muito longo. Mas nós, pessoas, não lhes damos o devido valor, preferimos enxota-las, deitá-las ao chão, sacudi-las do ombro e, por vezes, ainda dizemos que as odiamos. Se encararmos a realidade, vemos de quão longe vêm e o tanto que percorrem, o tanto que merecem ser ouvidas e observadas.
Por momentos, deixei-me embalar pela sua linguagem e forma de andar e acabei por me envolver nos seus passos, nas suas cores, na sua cumplicidade e companheirismo. Uma percorre um caminho, outra um diferente, mas quando se encontram, unem-se para correr em uníssono. Adquirem a cor do céu, o cheiro da lua, o andar de um pássaro e o som do vento. Se pudesse, agora, corria a seu lado e mergulhava com elas nesse mundo de comodidades e formas nunca antes experimentadas. Quando puder irei fazê-lo de novo, prometo.