Perguntam-me se quero o mundo? Não, quero apenas a terra. Quero poder transmitir do meu coração o brilho em que o Sol nada, transformar as pétalas de uma margarida em belos e longos braços aquecidos pelo espírito enérgico de quem vive, agasalhar um pouco de céu dentro de mim e remodelar todos os traços imperfeitos para doces cantigas de bravura. Se eu pudesse ter tudo isso, o que fazia? Ao início não vivia, limitava-me a observar – poder ver um mundo tão perfeito, tão puro e honesto diante do meu corpo seria estupefactamente inspirador para poder, então, cantar uma nova vida, onde ninguém se vendia por um preço rancoroso que chega a educar o nojo. Tenho fome de quem canta para mim, um desejo enorme de comer toda a terra que aquece o chão onde passo e uma guia para passar a quem achar que tudo se resume ao que vemos no lado real.

7 comentários:

  1. Esse brilho está dentro de ti. Tens é de fazer um esforço muito grande para ir buscá-lo. Mas descansa, já começa a raiar um pouco.

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  2. está, sem margem de dúvida, fantástico.
    Gostei imenso*

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  3. Eu gostava de dizer uma coisa bonita, mas as palavras não saem. O texto está cheio de esperança e luz. *

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  4. escreves coisas mesmo bonitas. sem dúvida.

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  5. Tenho a certeza que és a terra de muitos.
    Está lindo.

    Beijinho

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