A cidade que considero a mais viva e apagada ao mesmo tempo – a chegada daquela coluna com tons amarelos, verdes e vermelhos, depois a curva acentuada de ansiedade e, por fim, um abandonar que assegura a chegada ao conjunto de sensações que me transformam. Não consigo justificar a minha reacção. Sei que é ali que me quero demorar. Sinto o cheiro certo, arranjo as palavras genuínas e tudo passa a réplicas e semelhanças desiguais que admiro vivamente. Aquilo que me enche é como um extenuar de dificuldades, de desordens. Nunca vou conseguir explicar o efeito que me faz e, por isso, continuo a vivê-lo sempre da mesma forma, impossível de expressar. "O lar é onde o coração do homem cria raízes." (Henrik Ibsen)

3 comentários:

  1. Não te demores onde desejas, deixa só que o tempo faço com que te demores, onde quer que seja. e o que nbão conseguimos passar para palavras, não sabemos explicar, não é aquilo que conhecemos pouco mas sim aquilo que conhecemos muito, já que o conhecimento ultrapassou a barreira do explicavél, aqui, neste ponto, vivem-se verdadeiramente os sentimentos.

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  2. Como eu gostava de ir para um sítio completamente diferente de onde estou.
    Talvez por isso escrevo. E talvez por isso também o faças, por isso escreve mais que eu adoro quando o fazes.

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  3. Sabes uma vez, uma pessoa sábia disse-me "não importa onde estás, importa com quem estás". Talvez seja isso que te faz demorar ou querer demorar lá. Ou talvez não e eu esteja só a inventar o que me vai na alma.

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