às vezes há coisas que nos transcendem e são convenientes o suficiente para se apoderarem de nós, mesmo que tenhamos deixado uma passagem oculta por muito tempo. fazem-no sem deixar recado, num limitado espaço de tempo, com o coração nas mãos e uma lágrima no canto do olho. há coisas que aparecem quando as mãos se recusam a receber e no momento em que menos dávamos por elas, que acordam uma parte de nós e a aquecem de forma única. há coisas que crescem mesmo em dias chuvosos que procuram o sol, mesmo que tudo em volta esteja contra. há coisas que nos dão permissão a um sorriso que guardávamos para a sua chegada. há coisas que simplesmente são coisas nada simples.