Pés que se tocaram, que rasgaram pedaços de sentimentos já destinados, escritos por um e por outro. Mãos que gritaram e sugaram tudo o que a liberdade dá e mais um pouco, cabeças que puxaram vagabundos das ruas de Lisboa e que desgarraram momentos às paredes. O que o tal senhor faz, o que o mundo nos leva a fazer, traz sujidade e nojo aos que olham e regalam de olhos fechados. Em vez de fugir, os sonhos permanecem para poder tirar maior partido do que têm dentro da aura de cada um. Enfrentam-no de armas em alta e caras estremecidas pelos sons que corrompem todos os bichos esfomeados. Palavras como extravagância ou requinte chegam agora queimadas através dos sorrisos oferecidos pelas estrelas que os viram, pelas nuvens que ficaram negras de enjoo. Ela agora usa o grizo como arma, e consegue sair com a vitória infiltrada no peito. Neste episódio não ouve música, o silêncio morou nestas palavras e mergulhou nos espaços que entre elas nasceram.
Estou aqui a há minutos a pensar, já reli e há sempre qualquer coisa que me falha.
ResponderEliminarPareces-me obrigada a fugir de alguma coisa, e de alguém relacionado com isso; que foste obrigada a afastar-te.
Compreendo que não queiras dizer o que é, mas não vou conseguir deixar de pensar nisto até descobrir. Embora fosse melhor não ter de o fazer, não imagino o quando deve estar a custar-te.
(Está um grande texto.)
(nunca mais te vi no msn, tenho o conto à tua espera e acho que ias gostar. ainda queres fazer?)
o silêncio limpou o que estava mal?
ResponderEliminar«Pés que se tocaram, que rasgaram pedaços de sentimentos já destinados, escritos por um e por outro».
ResponderEliminarEmana doçura.
Leio e releio e há sempre um silêncio, algo que, como ao Nuno, me falha.
ResponderEliminarTu escreves com uma intensidade assombrosamente.. tua.
Os teus textos sempre me fascinaram tantooooo!
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