uma folha de papel que não pode ser escrita, que foi fechada a sete chaves, coberta por telhas antigas. se, se, se, odeio ses escritos. desci os três degraus que se aclaravam pelo céu que agora me cobria, cheguei ao chão e suspirei de alívio - cresci. não cresci em altura ou idade, os meus sentimentos cresceram do positivo para o negativo, diminuiram. senti essa chegada, sorri e aceitei como um pássaro aceita não poder cantar quando o bico se estraga. quando quis gritei, ouvi passos chegarem, cantei gargalhadas, senti arrependimento, caminhei uns minutos e, agora, voltava atrás. sim, voltava.
Teoricamente parece sempre mais fácil do que na realidade...
ResponderEliminarNão se pode voltar atrás, mas pode-se lutar para que algo mude no dito futuro, esse que até os simples gestos tendem em muda-lo num ritmo que não controlamos, e por vezes torna-nos em meros espectadores de nós próprios.
Não vou falar sobre o texto enquanto texto - que, já o sabes, está incrível como sempre - mas sobre o que me parece que é: "uma folha de papel que não pode ser escrita". E a primeira que me apetece fazer é pedir-te desculpa por ter-te pedido para a escreveres. Escrever para ti é passar exactamente o que sentes e nem sempre consegues estar para isso. È verdade que podes crescer, mas acho que deve ser quando o sentes de livre e espontânea vontade. Pelo texto, não consigo perceber o que te atormenta, mas não me perdoo se fui eu quem te precipitou a descer três degraus. Podes ter a certeza; agora, também voltava atrás. E não mais o vou fazer.
ResponderEliminar(tens razão, os ses são horríveis; mas estaria melhor se... Desculpa ser tão chato.)
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:D
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