Agora já não o consigo sentir da mesma maneira, porque foi tão intenso para mim que a concentração que ali adquiri não é possível de ter de outra forma. Mas verbalizo-o, com a recordação do que se passaram naqueles dez minutos.
Mandou-me deitar, fechar os olhos. De repente, a luz que incidia nas pálpebras dos meus olhos desapareceu - agora limitava-me a sentir o meu corpo. Pediu-me para fazer uma viagem e repetiu essa palavra mais que uma vez. Comecei por me imaginar numa viagem que realizei e que me trouxe tanta água quente aos olhos, até que ele disse a palavra Corpo. E essa palavra diz-me TANto. Comecei então pelos cinco e percorri-os com a calma que ele pediu, com a concentração máxima – abstraí-me de tudo o que se estava a passar, dos sons não desejados e da vibração consistente. Passei para os nervos mais fortes, eram vermelhos, alguns arroxeados. Vi a pedra no centro e descortinei uma parte esponjosa (não sei porque a imaginei assim). Caminhei mais um pouco até encontrar um conjunto de órgãos tão complexo que não o consegui observar. Vi apenas os dedos entrelaçados dentro de mim própria. Subi mais um pouco e, para meu espanto, imaginei tudo brilhante, como diamantes: o queixo, o nariz e a parte superior da cabeça.
Essa viagem acabou antes de ele me mandar acordar. Então aproveitei e pensei no que realmente estava a fazer, pensei no corpo, no peso que tem, na força que transporta. Centrei-me no peso. Senti que estava a ser empurrada contra o colchão, contra uma parede. Nunca me tinham posto assim, nunca me tinham dado tanta liberdade e quando a senti desta forma pensei em coisas que nunca recordei com tanta intensidade, momentos tão livres, tão arriscados.
Vou repeti-la, como ele pediu, antes de adormecer.
Mandou-me deitar, fechar os olhos. De repente, a luz que incidia nas pálpebras dos meus olhos desapareceu - agora limitava-me a sentir o meu corpo. Pediu-me para fazer uma viagem e repetiu essa palavra mais que uma vez. Comecei por me imaginar numa viagem que realizei e que me trouxe tanta água quente aos olhos, até que ele disse a palavra Corpo. E essa palavra diz-me TANto. Comecei então pelos cinco e percorri-os com a calma que ele pediu, com a concentração máxima – abstraí-me de tudo o que se estava a passar, dos sons não desejados e da vibração consistente. Passei para os nervos mais fortes, eram vermelhos, alguns arroxeados. Vi a pedra no centro e descortinei uma parte esponjosa (não sei porque a imaginei assim). Caminhei mais um pouco até encontrar um conjunto de órgãos tão complexo que não o consegui observar. Vi apenas os dedos entrelaçados dentro de mim própria. Subi mais um pouco e, para meu espanto, imaginei tudo brilhante, como diamantes: o queixo, o nariz e a parte superior da cabeça.
Essa viagem acabou antes de ele me mandar acordar. Então aproveitei e pensei no que realmente estava a fazer, pensei no corpo, no peso que tem, na força que transporta. Centrei-me no peso. Senti que estava a ser empurrada contra o colchão, contra uma parede. Nunca me tinham posto assim, nunca me tinham dado tanta liberdade e quando a senti desta forma pensei em coisas que nunca recordei com tanta intensidade, momentos tão livres, tão arriscados.
Vou repeti-la, como ele pediu, antes de adormecer.
Comida e cama, antes fosse a minha mãe ou namorada (se houvesse).
ResponderEliminarEm relação à roupa não digo nada, mas repara, eu não disse que os homens faziam tudo, apenas que as mulheres queriam que os homens fizessem coisas estériotipadamente de mulheres e o contrário não acontecia. :)
Obrigado pelo comentário *
Bem...grande viagem.
ResponderEliminarE mais uma vez, um grande texto. XD
senti energia com este teu texto. :)
ResponderEliminarpodes sempre visitar o meu blog, estás à vontade ;D
eu vou visitar o teu muitas mais vezes.
beijinho *
posso adicionar-te aos meus favoritos? *
ResponderEliminarestá feito :)
ResponderEliminarmereces que visitem o teu blog, está qualquer coisa de fantástico a sério. *
Espero, que para teu bem, essa viagem se repita. Que não seja no mesmo sítio, mas que seja uma viagem com a mesma energia que essa teve.
ResponderEliminarBeijinhos *
Adorei a maneira subtil com q dizes tudo por poucas palavras.
ResponderEliminarEstá de génio.
Um bijinho *
Sigo a viagem que me vai fazer mudar, contigo a meu lado ganho asas pra voar. faço parte dos teus planos teu caminho é o meu, estás em todo o lado vamos juntas tu eu. ( de uma musica das nonstop) ahahahahahah
ResponderEliminarespero ir sempre contigo (: @
adoro dormir com o bracinho em cima de ti :$
ResponderEliminarSubtil, intenso..bela viagaem...a que fizemos pelo teu texto...
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